segunda-feira, 23 de abril de 2012

Amor platôn..., Amor real


O amor platônico é uma arte
É a arte de amar intensamente
Brigar!
Terminar!!
Sofrer ...
Desistir... ...

E de um modo estranho
Acreditar na mentira
Pois além de inspirar sentimento
O amor platônico não serve para mais nada

Nele não tem touch-touch
Pele com pele
Olhar com olhar
Querer com querer

Enfim ser verdadeiro ou talvez
No-touch
Não tocar
Não olhar
Não sentir
E morreu a inspiração e nasceu o real


Aqueles que têm amores platônicos são loucos?!!!Sim são
Então porque quando te vi
Ao invés de enlouquecer
Eu encontrei um chão para me faltar?!

Então por quê?
Que?
Sem que?

 Devaneios de um dia sem sol
 Devaneios de mais um dia só
 Devaneios, só...

É claro meu amor não é platônico
Se fosse eu me permitia
O amar-te a distância
E esse amor de mentira me bastaria

Eu o usaria eternamente para me inspirar
Usá-lo-ia eternamente para te amar
Para sempre sentir felicidade na mentira

Mas meu amor não é platônico
Não me permito te amar
Permito-me duvidar que sejas
Essa imagem que eu gostaria que fosses

Não me permito sonhar
Escolhi o mundo real
Escolhi a verdade na qual não existem trocas de olhares

Aqui só deixo que esse sentimento não permitido
Saia do mundo dos sentidos
E o transcrevo para o mundo dos símbolos
Afim de não enlouquecer
Afim de que esse não permitido...
Parta... ...

O partir é sempre triste...
Sempre vazio...
Sempre... ... ...
Sempre... ... ... ...

Estranho esse sentimento
Eu luto contra ele
Digo a ele
“Sejamos francos,
Acorde!!”

Porém ele, não é real
E nem morre, porque eu não me permito
Nada... ... ...


Não me permito te amar
Nem olhar- te
Menos ainda o crer
Imagine amar-te...

Escolhas estranhas
Digo ao leito que é estranho sentir-se feliz
Perto de, um outro
E não se permitir esse sentir

Oras!! Deixei esse sentir sem ser permitido
Sair
E agora parece triste...

Quando bem sei que ele não é triste
É apenas um não permitido

Pois crer
É provar de uma capacidade
A qual não foi dada aos homens
Mas somente a maioria das aves

Sentir esse
É como ganhar asas
Não apenas ganhá-las
Como também usufruir de seus benefícios

E se deixar levar, para o alto...
Para o meio delas...
Desses algodões de sonho de criança
E no meio delas, sim as nuvens
Voar e sentir...

Consegue leitor abandonar o mundo
Dos adultos e suas obrigações
Para se permitir um sentir

Pois eu o libertei para ti
Para compartilharmos
Do meu sentir por esse outro
Não diferente de nós 
Outro ser

Esse de tão humano
Que eu não me permito
Nada além de palavras.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Mundo das maravilhas


Hoje vou para outro mundo onde todos nós um dia estivemos ou estaremos. O mundo das coisas não ditas, das atitudes não tomadas, das respostas não ouvidas. Esse é um  mundo gigantesco com o passar dos anos ele vai aumentado, pois nele descobrimos um consolo, aqui não sofremos ou sofremos menos. Por medo ou cautela evitamos o dizer ou fazer, pois entendemos que a consequência a do  “ não "  é melhor do que a do  “sim”. Vamos então nos reportar para fora dele e vamos olhar as situações ali no real. Existe uma mesa e duas pessoas entre elas um silêncio que só se quebra por um talher que cai ao chão, este ressoa e forma um eco que tenderia para o infinito desejo de ambos ali. Porém soou finitamente, retornando ao silêncio de palavras que é substituído por meios olhares, meios sorrisos de canto de boca. Quem são essas duas pessoas? Estranhos, conhecidos, parentes......
Vamos agora olhar para frente, ali tem uma pessoa sozinha, ela caminha uma quadra e volta, caminha novamente, novamente retorna. Esse vai e vem e ela ergue a cabeça e avança,  de repente abaixa a cabeça e volta. Espere! Ela parou, parece estar ganhando forças , levanta a cabeça. Opa! Tem um sorriso no rosto, caminha a passos largos. CORRA!!! Ela parou ... abaixou a cabeça, fechou as mãos e voltou...
De repente uma tristeza... Então vamos olhar para o lado, tem duas pessoas caminhando muito, mais apenas uma delas  percebo que fala. A outra parece não estar ali, ora balança a cabeça num sinal de concordar e num sorriso forçado. Percebo que quem fala e não só o faz com som de palavras bem como  usa o corpo todo com uma arma de gesticular e sorri e olha para frente, está contente, ofegante, parece que secaram- lhe as salivas, pararam e o falante comprou uma garrafa d’água, queria oferecer-lhe uma caixa ...
Lá do outro lado tem uma multidão os braços balançam e carregam bandeiras, tem um palanque, um homem fala e quando dá uma pausa a multidão aplaude. Percebo que a frente  existe um grupo eufórico que puxa as palmas, o grupo mais atrás parece que não consegue compreender o discurso completamente, pois o som não está distribuído por igual.  Estes bem que tentam entender o discurso, porém o som cortado é o das palavras de ligação. Quando o grupo eufórico bate palmas “Era o que?!” Batem palmas também. Alguém na frente fez uma pergunta, alguém atrás queria perguntar, este parece confuso, perdido, parece não saber o que ocorre. Palmas!!!!!
Aqui atrás tem uma pessoa cruzando a rua, essa pessoa chama a atenção, uma beleza não ditada pela moda, mas pelo desejo de querer dessa outra pessoa que resolveu parar para olhá-la. Existe certo receio, quem caminha deu uma olhada de canto de olho e não correspondeu à pessoa que a admirava como se não existisse mais ninguém ali... ...
Voltando ao mundo do não, vou chamá-lo assim, encontro essas pessoas lá o que elas têm em comum, medo, precaução, experiência de vida ou paciência? Cabem todos nele, aqueles que temem serem rejeitados, os que já sabem a resposta, os que não querem sofrer, os que não querem magoar, os que sabem esperar o momento certo, os que perderam o momento certo. São sábios os que estão lá?! São os perdidos?! São os tristes?! Quem escolhe ir para esse mundo?! Sou quase capaz de dizer que a maioria, pois lá eles disseram,  fizeram,  não sofreram,  não sentiram ressentimento. Nesse lugar eles convivem em harmonia. No mundo concreto onde o silêncio ressoa um som de ausência, no mundo do não ele toma forma de real onde não é real. Onde as duas pessoas naquela mesa não param de falar entre si, cada uma com sua ideia de resposta e pergunta e diálogo. O que caminhava e não foi, chegou. Onde o que queria falar sem ser reprimido ou zoado, falou. Onde aquela pessoa que atravessava a rua encontrou um amor. É esse o mundo do não, da dúvida, esse é o lugar que escolhemos viver, quando o mundo, dito real, nos indica o contrário. No mundo do não dito, fala-se muito, nesse mundo do não feito, faz-se muito, nele para os que têm medo, não existe temor.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A caverna

Quantos gritos mudos
Quantos
                                                                             sozinhos...
 
Correndo estamos nós
Com os braços abertos
Buscando outros braços
Mãos esperando outras mãos
Crianças procurando por segurança
O vento sopra
Eu não o vejo
E nem de momento o sinto
Não o ouço
E como sei?
Aquela sacola ali pendurada
Ela balança
E ouço o seu balançar
Somos assim
Invisíveis em um mundo cego
Nós balançamos...
Mas esse mundo é surdo também
Cegos guiando cegos
Cegos querendo guiar os nãos cegos
Não vamos fechar nossos olhos
Não!
Vamos olhar para fora da caverna
Vamos!
Sim!
Vamos...
Tem um preço olhar para luz
E não para a escuridão do fundo
Às vezes é soltar a mão dos que amamos
É caminhar sozinho
Desvendar o novo
Conhecer o desconhecido
Aceitar a mudança
E a mudança dá tanto medo...
Gera tanta dúvida...
Cria não fora
Porém dentro de nós tantos atritos
Estamos trêmulos  
Inseguros
Cheios de receios
Cheios de vontades
Com medo...
Com um medo que nos resguarda de males
Um medo que nos faz buscar por coisas primeiro
Porém um medo que não nos estagna
O parar é tão parado...
Tão imóvel...
Tão nada...
O medo é insegurança
Não é parado
O parado é sem reação
O medo é reação
Vou com medo
Mas vou...
Aonde irei me segurar
Está escorregadio
Vou seguir a luz
Adeus aos cegos
Sentirei vossa falta
Mas quero a claridade
Quero
Sim
Quero.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Beije- me ao final

Sinto tua falta
Uma necessidade de te ver
O tempo passou a ser cruel
Depois que tu passaste a existir
Ele a todo o momento me lembra a tua ausência
Mostra que outros possuem o ar da tua graça
Será que és tu tão importante para eles?
Quanto és para mim?!
Não há de ser
Todo o meu corpo te chama
... te quer
Precisa
Almeja
Fio a fio... os meus cabelos te buscam
Os meus dedos dançam no ar
Um balé dessincronizado
Perdidos sem ti
Querendo tocar-te
Minha pele deseja a tua
Desejos também carnais
Por hora
Desejos de pele
De calor
Sentir
Deslizar
Um desejo de dormir no teu peito
De descansar no conforto de ti
Pele e pele a minha fala com a tua
Visão desértica do oásis
Preciso de ti
Por que tu és assim?!!!!!!
Tão querido por mim
É mentira
Tem que ser
Tu não és o doce
És o amargo
Não és bom
És cruel
Boca que distante da minha te fazes
Conta- me a verdade
Revele os muitos segredos
Da mentira um presente
Dou- te ouvinte
Todos os sentimentos que nasceram
São o meu melhor
Os mais puros
E sinceros
Raízes da flor que busca o sol
Que cresce na selva
Na esperança de ver a luz
Luta contra tudo
Contra as árvores
Os animais
O clima
Busca em si força
Na raiz
Lá no fundo
Bem...
Lá...
Busca sustento
Vá para o alto!!!
Vá!
Vá...
Flor!
Flor obstinada
Na busca cruel de um sentir
Assim são meus sentimentos 
Como a flor que sobe na ânsia pela luz
E se satisfaz com a visão
Com o sentir
Sem ao menos um toque
Na ausência
Assim são meus sentimentos
Esperançosos
Quem sabe um dia
Antes do nascer do sol
Encontre o toque do orvalho
Chegue o dia do orvalho!!!!!
Levante o sol que irá te trazer!!
Se assim não for
Renego a ti as palavras
Agradeço
Porém
Não a ti pertencem mais
Amigo (leitor ou ouvinte)
Se tens amado
Embrulhe estes pequenos versos
Faça um lindo laço
E entregue ao seu doce amor
Parabéns a ti que abriste este laço
Eu dei para teu amado
As linhas
Ele te encontrou nelas
Nos verdadeiros sentimentos
Parabéns!
És tu amado.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O adeus

Parta antes deste terminar
Pois para mim basta
Estranhos eternos sejamos

Assim todos ficam felizes
Ou não
Que importa

É preciso se permitir algumas coisas
Entre elas aprender a dizer adeus

Para algumas pessoas...eu
Isso é priori
Ou...
Ou...
Ou...
Sei lá?!!!!
Seja o que for
Seja
Apenas seja...
Parta
Apenas parta...

Não existe injustiça nisso
Os estranhos não se magoam
Não se amam é verdade
Mas e daí

Hoje é dia de daí
Daí
E daí
Tô nem aí

E tu muito menos
Então dois muito menos

Quem caminha tem que ter uma direção
Eu queria apenas caminhar...
Apenas...
Nada além...
Nada além de dizer adeus...

Hoje doí...
Amar-te doí...
Dizer que te amo doí... ...

Sua vida se move tão bem sem mim
A minha é que não sem ti
É mentira isso
É minha mentira

Nem te conheço
Nem te quero
Mais mentiras
Todas minhas

Às vezes nasce o sol
Em alguns lugares nasce
Às vezes...
Algumas...
Nasce céu nublado

Nublado ainda é dia??!!!
Ainda conta???!!!
Como mais ou como menos?
Pouco importa

Podia chover
Podia ser dia de sol
Porém é nublado

Não vi ninguém sorrindo ali
Ali quando sai de casa
É o nublado...
Ou não...

O nublado não te trouxe
Também ele não te levou

Eu gosto de arco-íris
Tão colorido

Ele está ali
Entre o nublado
Dizendo adeus
E derramando suas últimas lágrimas
E os raios de sol
Surgindo de mansinho... ... ... ... ...
Sem pressa... ... ... ... ... ...

Ensinando-nos o dom
Da paciência
Era nublado
Agora será sol

Chuva e sol
Casamento do espanhol
Sol e chuva
Casamento da viúva

A criança ainda está em mim
Aquela que cresceu
E permanece
Interna com as doces lembranças
De uma doce infância

Na infância nada parte
Nada se perde
E quando se perde
Pouco importa

Sol!
Onde tu estás?!!!!
Nasça.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Cinderela adormecida


A escolha de casar não é fácil, existem muitas coisas envolvidas, principalmente duas vidas, essas devem estar dispostas a um novo ritmo. Cinderela não pensou muito queria casar e ter filhos  não fez planos apenas aceitou o pedido.
            Em casa sozinha, Senta-se e chora, após a saída do marido e  ter deixado os filhos na escola. O que aconteceu com os sonhos de Cinderela?! Entre as trocas de fralda e o jantar que precisam estar pronto antes do marido chegar, ela se lembra dos planos que tinha, da carreira que queria ter. Dependente, era tudo o que não queria ser.
            Mas por que chora Cinderela? Tudo ainda pode acontecer basta querer. Sentada pensa, “Como vou estudar, tenho que pensar nós filhos primeiro, no marido”. Cinderela dormindo,  não consegue ver que está em suas mãos o futuro seja ele qual for, seja o que desejar. É muito fácil falar, “lute”, quando a realidade é outra. Cinderela deixou o comodismo tomar conta, agora não consegue se levantar. Sente-se realizada por ser boa mãe e esposa,  porém falta algo está triste, pois está adormecida. Os tempos mudarão e Cinderela optou pelo tempo antigo era como deria ser, foi criada para ser assim. Se isso é verdade, por que essa moça sofre? Deveria estar feliz porém  o tempo mudou isso aconteceu.
            Branca de neve estuda, Rapunzel é gerente e Cinderela não está feliz. A vida dela não é ruim ao contrário é boa, apenas não é a realidade que Cinderela queria ter. Escolhas feitas agora age como se tudo tivesse acabado,porém isso não é verdade. Como dizer-lhe que ainda há tempo, que mudar é uma questão de escolha nova. Não será fácil é verdade, terá serviço triplicado mas ela da conta do recado tudo em prol da satisfação  pessoal.
            Acredite Cinderela, que você pode e verá que se nada der certo você ao menos tentou.  Essa atitude fará com que se sinta melhor. Não espere dos outros uma mudança que deve ocorrer em você primeiro.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Se me permitir, leio

Eu leria para ti versos de amor
Sim eu leria
    ...
Não versos tristes
Não de amores enlouquecedores
Consumidores
Deturpadores
Talvez
Versos de serenidade
Que transcendessem não os tempos... nem o espaço
Apenas versos que traduzissem o momento
Então como dizer que não seriam enlouquecedores?!
Como dizer que a sua tradução
Não falaria de vontades e limites que os amantes criam e não conhecem!!
Pois quando se ama... enlouquece
E então a serenidade perde e a vontade ganha
E a cada dia
Se tu me permitisse
É claro
Eu leria um verso
Que traduzisse um amor que é continuo
Com oscilações de um sentir diferente a cada dia
Com traduções de amores diferentes
A cada dia seria um amor
Sempre para a mesma pessoa
Sempre dizendo... da mesma pessoa
Sim eu leria
Sim eu te amaria
Um amor permitido
Um amor livre

Um amor  sheakespear-iano
( um amor de extremos )

Um amor gonza -guiano
( um amor de fuga )

Um amor boyron-iano 
( um amor impossível )

Um amor  machad-iano
( um amor no real )

Um amor bilac-iano
( um amor perfeccionista)

Um amor osvald-iano
( um amor próprio- de si mesmo )

Um amor bandeir-iano
( um amor polêmico)

Um amor drummond-iano
( um amor local )

Um amor suassun-iano
( um amor travesso)

E até
Um amor meu
Um amor deles
Um amor com as traduções dos meus amigos
As traduções dos meus pais
Dos meus irmãos
Versos falando de amor
Amor falado em versos
Por todos esses
Por todos nós
De repente me surge uma dúvida!
Todos gostam de versos?!
E me vem a seguinte conclusão
Sim...todos gostam
Ou encontram os versos em si
Ou encontram quem os fale por eles
Não se entristeça se achas que não gosta de versos
Talvez ainda não escreveram os versos que tu gostarias de ouvir
Os versos que tu gostarias de dizer
Entenda!
Não és tu que não gostas de versos
Apenas os versos que tu gostas
Ainda não foram escritos
E de repente surge um medo no leitor
" E se eu morrer
Sem tê-los ouvido
Sem tê-los... dito"
Eu te socorro na falta das palavras
O que importa não são os versos
Mas o que lê e o que ouve
Esses são as chaves-mestra da história
"Então para que servem os versos?"
Eles servem para o que está acontecendo nesse momento
Nesse
Exato
Momento
Pois quando tu começaste a ler
A cada linha surgia uma lembrança
Não a do escritor para o seu amado
Mas a tua para a pessoa que amas
E assim como quem escreve encontra o seu amado
Nas não linhas ainda não criadas
Nas linhas já prontas
Nas entre linhas
Nas linhas que tendem para o infinito
Então quem escreve buscava tocar
Buscava sentir
Um querer
E nasce um desejo de mentira
Um desejo de verdade
Um querer não consumidor
Um querer de tão livre
Entristecedor
Entristecer de ausência
Entristecer de presença
E eu te olhei e tu olhavas num infinito tão longínquo
Eu não me permitia olhar e não me permitia querer
E te transformava em distância
Corpos tão pertos fisicamente
Corpos tão distantes no real
Como a física explica isso?!
Como a ciência nos separa?!
Um querer de olhar infinito
Onde nesse infinito tu me encontravas
Onde
Eu estivesse
Desejos aos quais eu não me permito
E o leitor caminhou comigo
Nessa troca de presença
Presença distante        ...           ausente      ...                                                  solitária
E o que escreve se permitiu amar
Permitiu-se libertar
Permitiu ... o partir
E quem escreve se permite
Por segundos... no distante mundo do nada provável
Que tudo seja ainda mais improvável
Permite-se encontrar o amor
E ser amada
Quando esse surgir
E a ti dono desses versos
Dono da essência que traduziu essas palavras
A ti permito ser feliz
Pois bem sei que não precisas de permissão
Bem sei que a mesma não te liberta
Mas liberta a mim
E o leitor que seguia essas linhas
Nelas encontrava lembranças
Essas lembranças vos uniam
Lembranças que te faziam rir num submundo do quarto vazio
Num silêncio de paredes que se fecham em quatro
Num conforto de abraço de travesseiro
Na foto ao lado da cama
Na saudade que trazia não dor
Mas paz
Sim eu leria versos de amor
Se tu me permitisses
Só como desculpa para estar ao seu lado
Ah! Sim... eu leria

Ah!! ...Sim......

Ah!!!!    ...Se....
     
       ...


É claro.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O quintal do vizinho

Hoje antes de sair para o trabalho,virei-me por causa do sol no rosto para direita e me deparei com o quintal do vizinho. A grama , está bem alta, tem umas ervas daninhas no meio dele. Não está tão verde deve ser por falta da chuva. E aqueles entulhos, caramba! De onde surgiram, ali tem outro. Brinquedo velho das crianças ( risos ). Parece que se multiplicam. Eu tentava ir embora, mas não conseguia. Olha ali!! Aquele pedaço nem tem grama é só buraco. Ele não cuida das árvores, nossa! Parecem tristes e sem folhas. Vou propor a ele de dividirmos o concerto dessas cercas estão horríveis. Pelo menos eu garanto o meu lado(risos). Ops! Aí vem ele.
- Dia, vizinho.
- Dia! 
- Levantou cedo parece animado e essas ferramentas de jardinagens, vai dar um jeito no seu quintal, pois tá precisando mesmo.
- Sério, eu não acho. Eu acordo cedo sim, mas para sentar aqui e apreciar sua beleza.
- Qual?
- Sabe aquela árvore ali, foi meu bisavô que plantou, ela está nos seus últimos suspiros até as folhas a deixaram, mas eu não! Não vou abandoná-la. Vejo que as crianças passaram por aqui, tantos buracos. Eita futebol bom! E olha os brinquedos, misturados com meu entulhos de mecânico e com os produtos de limpeza. (risos)
- Eu não tinha olhado assim, mas agora consigo ver.
- Vizinho não sou tão cego assim, quando eu olho para o tamanho da grama e vejo as ervas- daninhas me lembro que eu o abandonei, não cuidei dele e esteve presente em minha vida tantos anos. Não adubei, não reguei, não plantei. Mas ele é um vencedor resistiu a tudo. Hoje reflete o meu abandono em outro tempo ele me deu alegrias.
- Nossa vizinho!!! É só um quintal.
- Verdade. Ah! Quase ia esquecendo as ferramentas são para sua esposa, ela pediu emprestado.