quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dedico as tuas mãos

Às mãos que as minhas não toca
Ao Olhar que ao meu não busca
És tu intocável
Ou faço isso por ti
Tantos olhares as vezes que buscam o meu
E o meu foge
E espera apenas o teu
Tu me trazes paz
Ainda que tu não tenhas essa intenção
Ainda que... o mundo das intenções tu não conheças
Às vezes sinto uma energia
Que sai de ti
Alcançando a mim
E nossos sentires não são táteis
São eles fluidos de nós mesmos
Nossos olhares não se encontram nos cruzares
Mas se satisfazem com os desencontros
Pois neles existe real
O que tu fizeste para tomar toda minha atenção?!
Para teres todos os meus quereres
Quando dividimos um mesmo ambiente
De repente surge o buraco negro ao meu redor
Todos esses
E aqueles

E aquelas
Todos os aqui
Os lá
Os acolá
Tudo sob
E acima
.......................
Só o vazio

Ainda que olhe para frente
E tu não estejas
Estando acá ao lado
Tudo está escuro
E tu brilhas como uma luz
Guiando-me nessa escuridão
Eu desejo que essas horas sejam eternas
E já a são nessas palavras
Que o leitor sinta os meus sentires
Que ame pelos meus amares
Encontre paz
Na paz que eu sinto
Não é preciso fechar os olhas
Basta querer

De olhos aberto há multidão
........................
Não há ninguém

Os muitos sons, ruídos, barulhos, atritos
...........................
Somente o silêncio

Alguém pergunta algo
Alguém responde
Não importa a pergunta
Importa que suma o perguntador
Há um prazer em nossa presença
Que torna o tempo de repente infinito
Mentiroso! Pois bem sabemos que não o é
E chegou a hora
Assim como nosso cumprimentar
Foi feito sem palavras
Apenas com imagens
E essas sem troca
Nosso despedir é igualmente solitário
É igualmente verdadeiro
E se faz no mudo
No silêncio
Na ausência
Na falta
Importa realmente caro amigo 
Se existe troca?

Importa a dúvida
Importa que na falta de concretos atos
Exista concretos sentires
Reais sensações
E pura libertação
Assim me despedi de ti
Nos últimos minutos aos quais te vi
Meus olhos deleitavam a visão
Foi se indo
...
...
Indo
...
....
....
Indo, Adeus.

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