terça-feira, 20 de março de 2012

Anestesia

No turbilhão da vida
No frenesi dessa cidade que não para
Caminhando sozinha
Quem me dera rumo ao nada...

Porém a caminho de casa
Deparo-me com o real
Com um real... tão real
Que fere...

E entre a razão que deve prevalecer
Essa razão que nos permite manter a sanidade
E sua vertente oposta...a loucura
Sinto-me enlouquecendo

E me tornando
Igual a imagem que meus olhos alcançam nesse caminhar
Nessa selva de pedras
Sinto-me... endurecendo

Sinto-me  como um pássaro
Que ao ser pego na natureza
Debate-se na gaiola até que suas forças se acabem


O que será desse pássaro selvagem?!!!!
Deixá-lo partir?
Opção que não existe

Deixá-lo morrer?
Pois ele morrerá agora ferido com as grades
Ou no futuro
Ferido de tristeza...

.............................
Fui te ver outro dia
Tu não me vistes
Fui buscar um pouco de esperança

Naquele momento que caminhava
Em direção a certeza de te ver
O mundo dos sonhos se abria
E a tristeza do real por segundos se amortecia

Só precisava te ver
Porém quando cheguei e ouvi sua voz
Parei por um instante...

Passos para frente
Passos...receosos para traz
Um medo
Uma certeza
Uma esperança...

Tu estás diferente
Como?... ... ...
Acho que mais encantador
Talvez
Ou fora apenas o primeiro impacto

Queria que me visses
Mas não me vistes

.................................
Leitor!! Entre nessa cena comigo
E entenda os meus receios
Entenda os seus receios também

Estranhos
..........
Palavras nunca ditas
............
Vidas independentes
..........
Horizontes opostos

No mundo das probabilidades
Impossível passa a ser uma certeza
Um estranho em uma multidão
Um estranho sempre na multidão

Leitor fosse eu do outro lado
Temeria
Eu desse lado por esse outro temo

Um louco na multidão
Para mim é loucura
Essa é a visão da pessoa que não sou...
A visão que me entristece... ... ...

O leitor fosse meu amigo diria
“ Eu te entendo”
Oh! Caro leitor fosses tu meu amigo eu diria
“ Por favor não me entendas”

Na mente louca de um insano me encontro
Por ter esses atos insanos
Ao qual me permito sair... portanto crer
E ao vê-lo não me permito...portanto perder a fé

Não posso
E quanto mais o mundo se faz real
Mais essa caminhada se torna difícil

Mas...

Desistir é para os fracos
Se permitir o adeus
É para os elevados de espírito
Estar encima desse muro
É para todos nós...

Versos tristes
Ainda são versos.

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